A revolução da tecnologia na ponta do seu lápis

POR ANDRÉIA ENGEL – Departamento Administrativo- Financeiro 

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Ele é resistente, maleável,fino e transparente. Conhecido como o silício do século XXI, o grafeno é um material composto de uma camada extremamente fina de grafite onde os átomos de carbono são distribuídos em uma estrutura hexagonal.

Cientistas vêm há anos fazendo teorias sobre esse material, e pequenas quantidades dele foram produzidas acidentalmente pelo uso do grafite. Embora tenhamos relatos de artigos russos e japoneses que já tinham preparado o material anteriormente, a comunidade científica considera o trabalho de Iijima em 1991 como sendo a primeira descrição completa do mesmo. Apesar de tudo isso, o material só foi isolado e caracterizado em 2004 pelos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov na universidade de Manchester. Vale lembrar que a pesquisa deles sobre o material lhes rendeu em 2010 o prêmio Nobel da física.

Suas características são um tanto quanto parecidas com as do silício, mas infinitamente superiores. Sua condutividade é 100 vezes maior e sua resistência é notavelmente superior. Comparável ao diamante, pode ser considerado um dos materiais mais resistentes do mundo.

Sua presença na tecnologia pode se tornar indispensável, uma vez que estas vêm evoluindo com o uso do grafeno. Das novas descobertas com o material, podemos citar a Samsung que produziu uma bateria a qual possui duração superior as normais de lítio e com um ciclo de carregamento completo em apenas 12 minutos. Além disso, pelo fato de o material ser um ótimo condutor de calor, a bateria se estabiliza e não sobreaquece. Temos também a fabricação de telas muito mais resistentes para celulares e outros aparelhos eletrônicos. Outra aplicação futura é a utilização do grafeno em placas solares, fazendo parte da composição principal da estrutura.

Apesar de todas estas qualidades, um outro material com qualidades superiores ao grafeno já foi encontrado: o Carbyne. Este material, sendo aplicado em nanotecnologia, pode alcançar limites impressionantes. Com todo este potencial em mãos, quem sabe até onde a tecnologia pode avançar?


Edição: Lívia Almeida

Fontes: Techmundo | Technology Review

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